terça-feira, fevereiro 06, 2007

Leitura de cabeceira

Há livros próprios para a chamada "leitura de mesinha de cabeceira" e há outros a que tenho que chamar "próprios para insónias"!

Só agora começo a constatar o efeito que diferentes livros têm em mim! Se é um facto que há medida que me vou aproximando do final de um livro, a ansia de saber o fim se vai apoderando de mim (a não ser que este seja mesmo muito mau), também começa a ser um facto que, alguns livros, ou talvez o substantivo correcto seja obras, despertam esta ânsia a partir das 10-20 primeiras páginas (que para engrenar num livro que puxe um pouco pelo raciocínio às 11.30 da noite é preciso travar uma batalha mental comigo próprio...).

Deste modo acho que posso afirmar que, enquanto alguns livros, hoje em dia mais os do estilo Dan Brown, sem desprimor para aqueles autores que já escreviam desta forma antes deste autor se ter dado a conhecer ao mundo, se devoram, se lêm e colocam-se na estante até um dia nos lembrar-mos que já não nos lembramos da história, lida a correr, e voltamos a pegar neles, outros, os clássicos, as obras de arte, se encarregam de nos devorar, de nos fazer viajar para a acção da narrativa, de nos por a pensar, de fazer de nós personagens em vez de simples leitores. Estes últimos, aos quais devo as magníficas olheiras que hoje hostento, jamais se esquecem, pois escolheram-nos para fazer parte do jogo que o autor nos apresentou. O curioso é que mais depressa atiro um dos outros para o cesto das compras que um destes, talvez por saber que o outro facilmente domino e este me vai dominar a mim...

Cumprimentos

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