quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Reduções de CO2 na indústria automóvel

Ao ler um artigo no público relativo à proposta da CE de até 2012 os carros novos comercializados na Europa passem a emitir no máximo, 120g de CO2 em vez dos actuais 160g, achei interessante o último parágrafo do referido artigo, que aqui deixo.

"(...)A Associação das Empresas de Comércio e Reparação Automóvel sustentou ontem que a proposta europeia de redução das emissões "não assusta" o sector em Portugal, onde predominam os veículos a gasóleo e de baixa cilindrada. "O nosso parque é sobretudo de automóveis de baixa cilindrada, que são menos poluentes", afirmou o presidente António Ferreira Nunes, acrescentando que a dieselização é favorável porque este combustível implica menores emissões de CO2. Portugal é já o país com menos emissões de CO2 da União Europeia, com valores médios de 143 gramas por quilómetro, contra 189 gramas na Alemanha e 192 gramas na Suécia.

2 comentários:

viking disse...

Olá!

Acho estes valores muito positivos para Portugal, e isso é bom. O único problema é a frequência com que o povo português recorre ao uso do automóvel (demasiado alta, na minha opinião). O típico português leva o carro para ir tomar um café no café da esquina, mesmo que isso implique 20 minutos às voltas na tentativa frustrada de encontrar um local para estacionar. Várias vezes vi pessoas gastarem meia-hora em deslocacões automóveis que demorariam 15 ou 20 minutos a pé. Na Noruega o chefe da polícia de Oslo aconselhou recentemente que os pais deixem de levar os filhos para a escola de automóvel quando a distância entre a escola e casa é inferior a 4 quilómetros (e sim, isto abrange também criancas a partir dos 6-7 anos de idade e debaixo de temperaturas que rondam frequentemente o 0 ou abaixo - sempre o fizeram antes, porque é que não podem continuar a fazê-lo agora?). É verdade que os carros suecos produzem uma quantidade industrial de CO2, mas quão frequentemente é este utilizado em comparacão com Portugal e Espanha (falo da Suécia em geral,não de Estocolmo)?

O ideal seria utilizar mais frequentemente a bicicleta ou andar a pé nas cidades, como se faz frequentemente na Suécia, Noruega, Dinamarca e Holanda (no ultimo caso muito devido à sobrepopulacão e problemas crónicos de tráfico). Ou então desenvolver um sistema de transportes públicos com capacidade e qualidade suficiente para cobrir as necessidades urbanas. Creio até que muitos dos actuais automoblilistas agradeceriam esta medida, tomando em consideracão o stress e o tempo perdido em bichas de automóveis nas grandes cidades.

Acima de tudo, muito depende das atitudes em relacão ao uso do automóvel.

RC disse...

Boas,

concordo contigo relativamente à sobre-utilização do automóvel, não só em Portugal, mas em todos os países do sul da Europa e nas grandes cidades por essa Europa fora.

Se no caso da ida ao café facilmente substituivel pela "caminhada higiénica", noutros casos é quase impossível a não utilização do automóvel: falo de deficientes transportes públicos, do terreno acidentado das cidades, da falta de corredores para ciclistas e moto-ciclistas, etc.

Quanto às emissões mais baixas do nosso parque automóvel, tal deve-se fundamentalmente ao facto de termos um parque automóvel novo, quando comparado com o Sueco, por exemplo e por investirmos muito mais em carros pequenos de mais baixa cilindrada, mais baratos e próprios para cidade e menos poluidores, do que por estas bandas, na Suécia, em que por norma compram-se carros familiares, de alta cilindrada.

Porta-te e vai escrevendo que nos próximos tempos não sei se terei oportunidade! ;)