quinta-feira, setembro 27, 2007

Santana Lopes vs Mourinho

Eu até nem gosto da personagem, mas desta vez tem todo o meu apoio. Só mesmo visto é que se percebe o ridículo da situação...

Birmânia, Burma ou MyanMar

Já não era sem tempo que MyanMar começa a ser falado e discutido no "democrático" conselho de segurança da ONU. Infelizmente foi pelos piores motivos. Há mais de um mês que os monges budistas (são entre 500.000 e 600.000 no país) iniciaram uma marcha pacífica rumo à capital Rangum. Ontem começaram a ser reprimidos, e a comunidade internacional, com receio de que se volte a registar um banho de sangue como o que aconteceu nas repressões de 1988, onde morreram cerca de 3000 pessoas e muitas desapareceram, ameaça com sanções o regime Birmanês.

Espero escrever um pouco mais sobre este tema em breve, mas para já deixo apenas o link para uma petição online que está a circular e que me foi enviado por uma amiga Birmanesa. Como ela própria diz, demora 30s a preencher e poderá ajudar o povo Birmanês. Não custa assim tanto, por isso, cliquem aqui e assinem.

Cumprimentos

RC

terça-feira, setembro 25, 2007

Um dia de sol!

Um dos aspectos da vida nórdica que mais me espanta e me faz pensar é o fenómeno da relacão entre o clima actual e a disposicão ou estado de espírito da populacão. Recordo um episódio, aqui à 5 anos e meio atrás, aquando da chegada a Trondheim. Encontrei-me uma vez com uma veterana lusa destacada nestas latitudes setentrionais já à largos anos, e quando interrogada acerca de "qual é a maior diferenca entre Portugal e a Noruega?", recebi a lacónica resposta "A Noruega tem estacões do ano, Portugal não tem".

Nas ultimas 4 semanas temos sido fustigados por permanente céu cinzento, ventos fortes, chuvadas contínuas, descidas subitas da temperatura até chegar aos limiares do ponto de congelacão. O meu humor tem sofrido os efeitos desgastantes do clima e isso reflecte-se na disposicão daqueles que me rodeiam no dia-a-dia. Ao fim de umas semanas, comeca um imigrante a interrogar-se acerca das razões, agora quase esquecidas, segundo as quais uma pessoa se decide a migrar dum pais quase sub-tropical para esta tundra.

Hoje, por forca da metereologia, está toda a gente bem-disposta nesta cidade. O sol brilha triunfante no céu azul-sueco e os sorrisos e gentilezas multiplicam-se nos locais de trabalho. Quase dá vontade de largar a lavoura e sair para explorar a felicidade de um dia de sol, quer em longas caminhadas pela floresta ou simplesmente no porto da cidade sentado na esplanada com uma loura pela frente (cerveja ou humana, de preferência as duas). Não admira que uma boa parte do orcamento familiar local seja utilizado no inverno em viagens relâmpago de fim-de-semana a esse tão desejado refúgio ensolarado, por aqui também conhecido como "syden" (literalmente, "o Sul").

quinta-feira, setembro 06, 2007

De volta à guerra fria!

Nas ultimas semanas tem-se registado um aumento da actividade aérea por parte de bombardeiros militares russos ao longo das fronteiras dos países vizinhos, tais como a Grã-Bretanha ou a Noruega. Como resposta tem-se tornado habitual ler nos jornais noruegueses sobre mais uma vez que se manda um par de cacas F-16 para manter os ditos bombardeiros do lado correcto da fronteira. Isto tem acontecido com uma regularidade de 2 por semana nos ultimos meses. Desde que Putin assumiu uma posicão de protesto em relacão à construccão de radares de defesa anti-missil por parte dos EUA na República Checa que se tem assistido a este reescalar do uso do aparelho militar russo.

Interrogo-me sobre o que é que se ganha com isto. A Rússia gasta uma parte do orcamento a patrulhar a fronteira dum pais que não impõe qualquer risco do ponto de vista militar ou político. A Noruega tem de gastar dinheiro a manter no ar cacas para defender a suberinidade da dita fronteira. Esta situacão só aumenta a tensão e as probabilidades de acontecer um acidente com graves consequências internacionais. E para quê?