domingo, abril 09, 2006

Sociedade de Consumo


“Nós não compramos simplesmente um cartão de crédito, compramos a forma de vida que está implícita nele”.

Mediante essa premissa pode-se concluir que o imaginário da Sociedade Contemporânea está sensivelmente relacionado ao Consumo e a mecanismos de produção, associação e construção de imagens, mas sinceramente, será possível viver sem estar preso a uma imagem!?…
Creio que não…
Todos os locais que percorremos estão açambarcados de imagens… na paragem do autocarro, no metro, nos prédios, nos restaurantes, na rua, a tv em casa,… enfim… acordamos e vivemos em função dessas imagens… não podemos fechar os olhos. Mas isto é violento… porra. Não é uma violência física, mas sim violência intra-psíquica individual ou mesmo violência social quando a realidade traumática é negada pela Sociedade [a partir do contexto grupal comunitário e de suas instituições]. A falta do reconhecimento desse traumatismo real produz uma violência social enlouquecedora que já virou mercadoria nessa ‘civilização do mal-estar’. Mas enfim… a crítica constante a esse sistema [no qual estamos todos inseridos] propõe uma destruição dessa mesma Sociedade de Consumo, mas creio que neste momento é uma luta que não vale a pena……………….
A falta de perspectiva que define o homem pós-moderno numa economia globalizada, o stress, a construção de imagens, as ideias subversivas da desvalorização da vida humana, o desiquilíbrio mental levam à lógica de consumo. Inevitável e irreversivelmete…
Lá construíram outro shopping…
- Pai, mãe… leva-me ao Fórum Coimbra!
Vasco Lopes
Rio de Janeiro

2 comentários:

viking disse...

Olá!


Felizmente, ainda existem "ilhas", mesmo no mundo ocidental, onde o pessoal pode escapar a isto. Mas não nas cidades, obviamente. E porque não levar os putos à floresta ou ao campo ao fim-de-semana, em vez dos centros comerciais?

Precisamos de desmistificar a cultura da construccão das florestas de betão que tem proliferado em Portugal. Cada vez se contrói mais e em todo o lado. Nas traseiras da casa da minha avó na Costa da Caparica, havia um bosque onde eu costumava passear e brincar quando era miudo. Da ultima vez que lá fui, à um ano atrás, arrasaram aquilo tudo e construiram um quarteirão inteiro com habitacões e um centro comercial gigantesco no centro.

Lembro-me da primeira vez que fui à Peneda-Gerês passar um fim-de-semana. Na altura fiquei um pouco desorientado com a ideia de que a caixa multibanco mais próxima se encontrava a 22 km de distância da aldeia onde estava e que para telefonar tinha de ir ao único café da aldeia.

Abraco
Paulo.

RC disse...

O problema não é a sociedade de consumoem si. O problema é a forma como se consome.

Eu vivo na sociedade mais consumista que já conheci, onde, ao contrário de Portugal, o incentivo dos bancos é a gastar o que se ganha e não a poupar (se eu tiver dinheiro "a mais" na conta, esse dinheiro será sijeito a impostos no fim so ano). No entanto, quase todos os suecos gostam da natureza e jamais conseguiriam viver num local sem espaços verdes. Basta vir o sol e é ve-los no fim de semana a ir para a casa de campo.

Daí, mesmo sendo uma sociedade super consumista, Estocolmo ´´e uma das cidades que conheço mais agradáveis para se viver. Costuma-se dizer que é 1/3 de água, 1/3 de verde e 1/3 de casas.

Cumprimentos,

RC