quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Ja, vi elsker dette landet!

'Ja, vi elsker dette landet' é o título e refrão do hino nacional norueguês, escrito por Bjørnstjerne Bjørnson em 1870 (prémio Nobel da Literatura, em 1903), numa altura em que a Noruega não era independente. A frase traduz-se como 'Sim, nós amamos esta terra', e achei que era o título perfeito para discutir um tema que tem-se demonstrado como assumidamente actual na última década: nacionalismo, patriotismo e a definicão de identidade nacional. Este assunto tem sido debatido de uma forma indirecta por todos os contribuintes deste blog nos ultimos posts.

O filósofo e escritor espanhol George Satayana escreveu um dia: "To me, it seems a dreadful indignity to have a soul controlled by geography". Pessoalmente, parece-me pouco democrático e injusto que o local de nascimento venha a ter um papel determinante na liberdade de opcões que um indivíduo gozará no resto da sua vida. No entanto, por aquilo que tenho visto e vivido nos ultimos anos, apercebi-me que esta é uma realidade universal no mundo actual. Com o meu passaporte ocidental e dum país que, felizmente, não se encontra em conflito com nenhuma outra nacão deste planeta, posso virtualmente deslocar-me para onde quiser, quando me apetecer. No entanto, se por forca do acaso tivesse a infelicidade de nascer no Afeganistão, por exemplo, passaria o resto da minha vida a ser interrogado e revistado em todos os aeroportos que me decidisse a viajar. E a minha liberdade de decidir em que país desejaria estudar ou trabalhar estaria severamente limitada, violando assim um princípio que considero como extremamente precioso: a igualdade de oportunidades. Queiramos ou não, o mundo actual pode-se descrever numa simples frase: existem os brancos e os outros. Com 'brancos' refiro-me a ocidentais, independentemente da sua etnicidade (e às vezes, nem esse princípio é respeitado).

Confesso que o conceito de nacionalidade é um conceito que me desagrada. Talvez por motivos pessoais. Ambos os meus pais nasceram e cresceram em Mocambique, numa altura em que Salazar obstinadamente defendia a ideia de um império português. O meu pai combateu "por Portugal" durante a guerra colonial. Depois da revolucão de 1974, Portugal livrou-se (afirmacão polémica, mas talvez a mais correcta para descrever o processo!) das colónias, e como consequência, 1 milhão de "portugueses" foram forcados a migrar de volta ao continente europeu. A vontade dos meus pais era a de terem permanecido em Mocambique. A minha mãe nunca antes tinha metido os pés em Portugal. Quão portuguesa era a minha mãe em 1975?
Parece-me a mim que uma pequena caderneta de papel com uma dúzia de folhas passíveis de serem carimbadas pelo meio tem demasiado poder sobre a vida de muita gente neste planeta. Há quem lhe chame passaporte.

Com isto pretendo afirmar que, na maior parte dos casos, a escolha de nacionalidade é tudo menos voluntária. É o que nos calhou pelo destino. Daí ser um adepto do pluriculturalismo e da liberdade de movimentacão. Pela liberdade de escolha. Existe o país em que nascemos, e aquele em que escolhemos viver. Na maior parte dos casos, estes dois são coincidentes. Azar daquelas pessoas em que não o são.

Eu gosto de Portugal. Eu gosto de comer bacalhau na noite de ceia de Natal, de passear na praia durante o verão, assistir a serenatas nas noites coimbrãs, de torcer pelo Figo e companhia no Europeu e no Mundial. Mas eu também gosto da Escandinávia. Gosto de esquiar durante o Inverno, de assistir às auroras boreais, de discutir política sueca com os locais e por aí adiante. Costumo classificar as pessoas que vivem em países estrangeiros, ou melhor, países que não são aqueles que os viram nascer, em dois grupos: os 'emigrantes' e os 'imigrantes'. Esta distincão baseia-se na atitude individual de cada um. O 'emigrante' é aquele que vive num país estrangeiro, mas que se mantém a par dos desenvolvimentos do seu país de origem, que lê jornais e ouve a rádio do país de origem com regularidade, exibe preferência por falar com os seus compatriotas e cujo objectivo último é um dia retornar ao seu país. A sua ligacão com o país de origem é estreita e activa, o seu sentido de identidade nacional é reforcado pela experiência de emigrante. No caso dos 'imigrantes', estes adoptam a língua do país que os recebeu como língua de uso corrente, lêem publicacões do país em que estão, seguem a televisão, identificam-se com a cultura local como sendo a sua. Por vezes assimilam-se na sociedade local por lacos de sangue. Entre estes dois grupos, vejo-me mais como sendo parte do segundo. E como tal, corro frequentemente o risco de ser visto pelos meus compatriotas como arrogante, ingrato ou mesmo como traidor.

Eu não considero os filhos de emigrantes portugueses como portugueses desenraizados que, desgracadinhos, nem sequer têm a oportunidade de aprender português como deve ser! Vejo-os mais como priveligiados, por terem a oportunidade de beber da fonte de duas culturas, de poder escolher entre o melhor que há entre dois mundos. De poder escolher! E se calhar ter o luxo de poder ser verdadeiramente imparcial.

Nos dias que correm, especialmente desde a afirmacão crescente da União Europeia como uma realidade política, considero que é altura para repensar o conceito de nacionalidade. "Patriotism is your conviction that this country is superior to all other countries because you were born in it", escreveu George Bernard Shaw. Não acho que a Noruega (ou melhor, a Escandinávia) é o melhor país do mundo, e que em Portugal tudo está mal, e que lá "no Norte" é que é tudo bom. Não há países perfeitos. A Escandinávia tem problemas. Portugal tem problemas. E ambos têm muita coisa boa também. No entanto, é natural que uma pessoa com gosto pelos desafios, vida ao ar livre e de viajar e que preze a igualdade de oportunidades como princípio fundamental numa sociedade, se identifique mais com a cultura escandinava do que com a sul-europeia em geral. Isto e as louras, claro está! ;-)

Se calhar existem lacos de identidade mais fortes entre pessoas, que os lacos de identificacão nacional: identificacão religiosa, ideológica ou profissional, por exemplo. Estas podem, por vezes, sobrepôr-se aos lacos de identificacão nacional. Creio que as diferencas de pensamento entre um português transmontano e um iraniano de Teerão nunca justificarão que um dia se lancem ás gargantas um do outro. Ou de um americano de Wyoming e um iraquiano de Bagdad (ops, lá estou eu a ser impertinente outra vez...). Mas isso é tema para um outro post...

Independentemente disto, não há melhor seleccão de futebol na europa que a portuguesa, carago!!! :-)

Até para a semana e um abraco ao meu pai, que faz anos hoje!!!
;-)
Viking!

7 comentários:

RC disse...

OI.

Antes de mais, queria questionar a definição de pratiotismo que deste! Há imensas definições, derivadas apenas da linha de pensamento filosófico defendido pelo autor dessa definição!

Como tal, podemos ir ao extremo da definição que deste, ou podemos defini-lo à minha maneira, da seguinte forma: sentimento de inserção numa cultura, folclore, etnografia particulares de uma região, seja ela uma aldeia, um país ou um conjunto de países.

Acho que confundes no teu texto dois conceitos: o de pátria e o de nacionalidade! Pátria para mim é o local onde te sentes em casa. Nacionalidade é apenas um conceito inventado para tentar controlar os movimentos das pessoas!

Dizes-te imigrante, uma pessoa que se fundiu com a cultura local, mas coloco-te a seguinte pergunta: O que respondes quando te perguntam de onde vens? De certeza que não dizes de Trondheim ou das Caldas. A tua resposta é uma única: sou Português! Como tal estás apenas a catalogar-te da forma que tentaste mostrar como errada no teu texto!

Eu considero o patriotismo uma virtude de um povo! Podendo ser polémico, considero os Suecos um dos povos mais patriotas da União! A corrente de "Nós não aderimos À UE, ela é que se juntou a nós" está muito presente onde quer que se vá, com quem quer que se fale! O patriotismo serve acima de tudo como forma de preservação de identidade cultural! Ou será que és contra as reservas para que os Índios da Amazónia continuem a viver como sempre viveram ou os Pigmeus em África continuem a ser Pigmeus!?

Agora o nacionalismo já é um conceito que pode ser assustador, dependendo da forma como se defende aplica. Temos o caso mais extremo de Hitler que defendia a superioridade da raça! E os casos mais moderados que apenas defendem a superiorade do país!

Acho que actualmente se confunde bastante os dois conceitos. Os próprios média, induzem muitas vezes as pessoas em erro, com a publicação de artigos onde os dois conceitos são misturados. Não há mistura possível entre os dois conceitos. Um patriota é alguém que ama, um nacionalista é um doente obcessivo-compulsivo. Quando o amor se torna obcessivo-compulsivo, deixamos de ter um patriota passamos a ter um nacionalista!

Um abraço,

RC

viking disse...

Olá Ricardo,

No meu post temo que os leitores fiquem com a impressão (errada) de que dou a mesma definicão aos conceitos de nacionalismo e patriotismo. Concordo que são duas coisas diferentes.

Quanto ao exemplo dos índios da Amazónia e dos pigmeus em África, sou a favor da manutencão da diversidade local e da preservacão de identidade nacional em cada país. O mundo tornar-se-ia muito mais pobre se os ditos índios e pigmeus se pusessem em fila para irem comer ao McDonalds e comprar jeans no centro comercial mais próximo ao fim-de-semana (coisa que, infelizmente, para lá caminhamos).

Mas aquilo que eu argumento alongadamente no post é a liberdade de movimentacão e de integracão na nova sociedade, sem riscos de estigmatizacão por parte da sociedade original. Quando me perguntam de onde venho, naturalmente respondo "Caldas, Portugal". No entanto, quando me perguntam de onde sou (pergunta frequente quando ando em viagem), já hesito na resposta. No último verão defendia-me com o diplomático "Nasci em Portugal, mas vivo na Noruega". Já me aconteceu comecar frases com "Vi i Norge..." (="Nós, na Noruega...") ou comentar resultados desportivos de atletas noruegueses com "Ontem lá ganhamos...". Dou a minha morada de Trondheim quando sou solicitado a escrever a minha morada permanente em documentos. Portugal modificou-se um pouco desde que o deixei, e muitas vezes tenho dificuldades em me identificar com o país que visito durante o Natal.

Outro ponto do post é o da classificacão de grandes massas humanas segundo a sua identidade nacional. Tenho uma amiga que é meio norueguesa e meio palestiniana, que por azar se encontra neste momento na Palestina sob óbvias dificuldades. Que culpa tem ela que um editor cristão na Noruega se decidiu a publicar caricaturas de Mahommed? No entanto, um grande grupo de pessoas são postos todos no mesmo saco. O mesmo se pode dizer dos nipo-americanos que viviam nos EUA durante a segunda guerra mundial, e que passaram 4 anos da sua vida emprisionados por motivos dos quais eram completamente alheios. Provavelmente, alguns deles nem japonês sabiam falar.

Citando um comentário neste blogo (Kb, 14/Fevereiro, em resposta ao post de 12/Fev): "Na minha modesta opinião, pertencemos ao sítio onde somos mais felizes...". Patriotismo qb é saudável, mas nem sempre este é direccionado ao país onde nascemos. E o meu post debruca-se exactamente sobre esta questão.

Abraco
:-)
Paulo.

RC disse...

Também me acontece muita vez dar a morada Sueca em vez da POrtuguesa. Afinal é aqui que eu vivo, e gosto de receber a correspondência e lê-la na hora, não passado uns meses! Vou ao médico em Portugal e apresento o cartão de saúde Europeu e já tive que estar meia hora a discutir com a secretária que a Suécia fazia parte da UE, como tal eu tinha que ser atendido como os outros! Isso faz de mim, mais Sueco que português? Não. O que acontece é que vivendo eu noutro país, que por sua vez está integrado na UE, tenho os mesmos direitos em qualquer país da UE.

Já não posso concordar com a questão que abordas relativamente à nacionalidade. Sim, é um conceito estupido, mas já existe há séculos! Toda a sociedade a nível Mundial, está organizada, tendo como base a questão da nacionalidade! Até os Índios da Amazónia combatem entre si, para defenderem o seu território (ainda no ano passado uma tribo foi quase dizimada por uma rival)! Existindo o conceito de nacionalidade temos que nos singir a ele. Nem todos os Afegãos são terroristas, mas se houvesse um controlo mais eficaz se calhar o 11 de Setembro não teria existido.

Penso que o Mundo caminha para a homogeneidade (irei falar sobre isto noutro post), mas até lá o que está em jogo é a segurança global e a nacionalidade é talvez a única forma que qualquer, repito, qualquer, governo tem de controlar quem entra ou sai do país.

Abraço,

RC

ps: A UE abriu-nos as portas para sairmos do país e trabalharmos onde e no que quiséssemos. No entanto os limites da UE têm um fim! A começar por um fim fronteiriço. Se a UE se abrisse agora a todo Cáucaso e países do médio Oriente iriamos ter uma catástrofe, um choque de civilizações. Nem todo o mundo vive em democracia (um mau sistema de governação, mas o melhor de todos!) e como tal, nem todos os estados têm ainda maturidade para as consessões que uma adesão à UE implicam!

Anónimo disse...

Apesar da definição que cada um lhe quiser dar, os termos existem:

'emigrante' pessoa que emigra, que deixa o seu país para se estabelecer noutro; aquele que parte e vai para o Exterior

'imigrante' pessoa que imigra; que vem estabelecer-se num país que não é o seu; aquele que entra, e por isso vem para o Interior

Abraços

Rui Neves

Anónimo disse...

Nao posso deixar d concordar com o paulo, pois a mim este pais comeca a fazer parte de mim, nao so pelo modo como fui recebido, mas tambem porque me ofereceu aquilo que o meu pais nao foi capaz de me dar. Penso naturalmente em regressar a Portugal mas com a ideia de que poderei fazer algo para melhorar o meu pais, mas naturalmente enquanto sentir que pouco ou nada posso fazer, continuo e continuarei por onde me sinto bem, pela cidade que ja faz um pouco parte de mim (ate ja aprendi a rivalizar com o pessoal de cidades vizinhas.... Do genero Porto-Lisboa).
Acho q acima de tudo iremos caminhar para o ponto em que somos cidadaos do mundo e la temos um passaporte a dizer qq coisa mais.
Nao consigo rever-me em qq dos conceitos: patriota, nacionalista. Sou acima de tudo portugues e se-lo-ei ate ao ultimo dia, a menos que me seja retirado tal previlegio, mas nao eh afronta alguma aos meus principios e valores se um dia for tb canadiano. Ha muita coisa neste pais com que tb n concordo, mas eh o pais que me acolheu.
Acho que me fico por aqui!
Abraco, Virgilio

PS - Grande texto!

Anónimo disse...

Ok… sou português… so what?

Ausente de qualquer discurso científico ou função dogmática, perante o que está a ser debatido, acrescento como premissa inicial nesta breve inserção teórica que no mundo civilizado todos os países são possuidores de um inflexível exercício de formulação de identidade nacional. É isso que vai definir a ideologia cultural de cada país geograficamente delimitado. Cada um apresenta diferentes padrões de cultura [sendo esta normativa e representando tudo o que é socialmente apreendido e partilhado pelos membros de uma sociedade]. Se isso se verifica entre duas nações fronteiriças, quando falamos de diferentes continentes essa distinção cultural é ainda mais acentuada.

Estou no Brazil há 18 meses a fazer a minha pós-graduação e quando as pessoas [Brasileiros] se referem ao português [eu] é do tipo: “Você veio da Europa…” ; “Está chovendo na Europa?…” e é raro falarem de Portugal como país individualizado. No entanto, se o Brasileiro for para a Europa em viagem… ele não se vai identificar como Latino-Americano. É esta estranheza de sentimentos que dá uma particularidade à memória nacional no Brasil: pois são capazes de identificar os portugueses como Europeus e não se identificar como Latino-Americanos.

Apesar de, a priori, se justificar esta atitude pela construção recente de uma Europa política e económica com objectivos e interesses comuns e por isso, sendo vista como um conjunto homogêneo de países… é mais forte no Brazil o resgate de um sentimento de perda de referência em relação ao seu passado, sendo essa a principal razão da ascensão da memória nacional como agente simbólico do presente, dentro de um sentido de perpetuidade. Desta feita, a memória nacional no Brazil deve atender à reminiscência desse passado perseguido pela ambiguidade sobre a sua verdadeira origem [por vezes idealizada], pois o contacto inicial na época quinhentista entre o povo indígena e os portugueses possui detalhes antropológicos muito específicos que se institui formalmente como cordial e envolvido num convívio harmonioso, mas omitindo circunstâncias em que a História posteriormente demonstrou que os exploradores [nós, os portugueses] chegaram ao Brazil para escravizar, assassinar e exterminar o indígena; inclusive existe uma reivindicação dos portugueses enquanto portadores de um projecto de civilização nas terras de Vera Cruz em que a Religião e Estado surgem como metáfora da bandeira de Portugal, substituindo Colonização e Ocupação. Será neste sentimento complexo de subjetivação de um discurso histórico que será construída o conceito de identidade nacional no Brazil. Conceito esse que se torna cada vez mais problemático quando estamos fora do nosso país de origem: Portugal.

Acho que cada um de nós nem sequer pensou em Nacionalismo ou Patriotismo quando estávamos em Portugal… e agora discute-se inclusive os conceitos em questão plenos de ambiguidade e com base no nosso país de acolhimento. E porquê? Porque o Nacionalismo procura pontos de referência e valores seguros para o conhecimento da importância de um passado, permitindo reforçar a nossa identidade cultural [edificação idealizada cujo intento principal consiste precisamente em fazer apelo ao passado, de forma a que o processo de construção das representações do passado consolide as adversidades do presente a as indeterminações do futuro] num processo continuo de valorização do nacional e o Patriotismo vincula-se como agente de condução de um sentido de identidade plenamente nacional como via de valorização de uma matriz própria e utilizando-o simultaneamente como tema e justificativa, tornando-o assim, um símbolo de autenticidade e unicidade, num percurso em que o principal instrumento de propaganda é a mobilização popular.

Creio que a identidade nacional [conceito do Saltitão – desculpa, não resisti – vulgo Viking], de facto, seja o melhor conceito para discutir a valorização do Nacional. Por conseguinte, a principal questão a ser levantada diz respeito exactamente à relação passado-presente que temos com o nosso país de origem e o país de acolhimento. E aí, em Portugal, a descrença do presente e o cepticismo do futuro pesam de tal forma desmedida na memória e interpretação do passado [com repercussões nas ex-colónias como exemplo, no Brazil], que a identidade nacional enquanto instrumento ideológico não consegue agir sobre a consciência dos indivíduos do seu tempo.

Ok… sou português… so what?

Cidadão português é um estatuto atribuído [não-adquirido], em que nada fiz para o conseguir e, por tal razão, escapa ao meu controlo, possuindo vantagens e inconvenientes. Identidade nacional não a possuo, inclusive, sinto-me agora mais Europeu no Brazil [mas menos português] do que quando estava em Portugal. Mas, estranhamente, Patriotismo e Nacionalismo existem…

… porra, será necessário discutir os dois conceitos de novo!?…

Vasco
Rio de Janeiro

viking disse...

O meu comentário ao texto do Vasco Lopes:

:O

Muitos parabéns! Este texto é digno de ser publicado como post!!! Comentários como este gostaria eu de receber em todas as minhas entradas neste blog.

Abraco e porta-te bem aí com as brasileiras, Fugi ;-)