quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Brokeback Mountain - "Quando até os cowboys são maricas!"



Um dia destes estava ao telefone com um amigo, e a meio da conversa, entre as piadas de ocasião mais diversas, surgiu o seguinte comentário: "Epá, isto agora que até os cowboys são maricas...". A gracola refere-se, obviamente, ao filme que recebeu o maior número de nomeacões (oito!) para os Óscares de Hollywood deste ano: Brokeback Mountain.

"Brokeback Mountain" é, essencialmente, uma história dum amor impossível. O facto de os dois protagonistas serem do mesmo sexo torna-se quase secundário na essência da história, mas é justificativo da impossibilidade da relacão. Qualquer pessoa, independentemente da sua orientacão sexual, revê-se numa das cenas finais (e mais tocantes) do filme, em que Ennis Del Mar visita a casa do seu amante falecido e lamenta o seu destino. O espírito de resignacão face às circunstâncias expressa neste filme é soberbamente captada numa citacão de Ennis Del Mar - "If you can´t fix it, you gotta stand it."

O filme comeca no estado de Wyoming em 1963. Dois jovens cowboys conhecem-se durante um trabalho de verão, em que ambos estão encarregues de guardar um rebanho de ovelhas. Jack Twist (Jake Gyllenhaal) e Ennis Del Mar (Heath Ledger) são opostos, mas complementares - o que um tem de extrovertido, tem o outro em introversão. Ao fim de um tempo, desenvolve-se uma relacão forte de camaradagem que rapidamente se aprofunda para algo proibido naquele contexto. O filme transporta-nos ao longo de mais de duas décadas e mostra-nos alguns momentos da evolucão desta relacão. A cenografia é de tirar o fôlego, o desempenho dos dois actores é de admirar, especialmente a de Heath Ledger, que desempenha um papel duro e diferente da maioria dos papéis que desempenhou em filmes anteriores - a sua nomeacão para óscar de melhor actor deste ano é merecida. Baseado num conto de Annie Proulx de 1997, vemo-nos confrontados com uma história de pessoas que se sentem inadaptadas em relacão à sociedade que os rodeia. A autora já nos tinha iniciado neste tema quando escreveu o livro que serviu de argumento para "The Shipping News" (2001), de Lasse Hällstrom (realizador sueco que se iniciou com documentários dos ABBA e que é actual como realizador de Casanova) com Kevin Spacey e Julianne Moore. "Brokeback Mountain" é também uma pérola daquele que é talvez o mais ecléctico dos realizadores contemporâneos: Ang Lee. Ang Lee salta elegantemente de um género para o outro com uma graciosidade incomparável. No seu cúrriculo temos filmes tão diversos como "Crunching Tiger, Hidden Dragon" (2000), "Hulk" (2003 - talvez o seu único flop, apesar do desafio técnico conseguido), "The Ice Storm" (1997) e "Sense and Sensibility" (1995). É admirável a sua capacidade de orientar actores oriundos de países e culturas tão diferentes.

A homossexualidade é um tema que já foi muitas vezes abordado no cinema americano. A homossexualidade como algo reprimido e condenado pela sociedade circundante atinge o seu pico no cinema americano em "Boys don´t cry" de 1999, gracas ao qual Hilary Swank ganhou um óscar de melhor actriz. "Brokeback Mountain" não é inovador nesse aspecto. No entanto, "Brokeback Mountain" introduz o tema da homossexualidade numa das arenas tradicionalmente mais machistas da sociedade americana. Um Western é tradicionalmente um palco de virilidade e de celebracão das virtudes masculinas. O Western ofereceu a várias geracões um claro modelo masculino a seguir. Em "Brokeback Mountain", quebra-se a máscara. De certa maneira, "Brokeback Mountain" estica o espírito de camaradagem de "Butch Cassidy and the Sundace Kid" (1969, com Paul Newman e Robert Redford, provavelmente um dos melhores westerns de sempre) a um extremo antes impensável, mas pressagiado. Apetece fazer um paralelo e convidar os leitores a imaginar o que seria se algum forcado português se declarasse abertamente como homossexual. O filme foi proibido nalguns meios mais conservadores norte-americanos, fazendo-me lembrar o choque provocado por "Kinsey" em 2004, que foi levado ao ponto de ser sensurado nos EUA devido à exposicão de "valores não-americanos". No dia de São Valentim, Willie Nelson, a figura de proa da música country, lancou o single "Cowboys Are Frequently, Secretly Fond of Ecah Other", e é a primeira vez que uma música country é especialmente orientada aos homossexuais. Sente-se agora, talvez, uma lufada de mudanca quando os meios mais conservadores nos EUA apresentam as primeiras brechas neste tabu. O mérito de "Brokeback Mountain" como obra de arte centra-se exactamente nesse ponto - independentemente de quantos óscares ganhará este ano, será lembrado no futuro como uma pedra no charco nos meios mais dogmáticos da sociedade americana actual.

Virando-me para a sociedade portuguesa, creio que este filme veio em boa altura. Ainda aqui há poucas semanas atrás foi discutida nos media a hipótese da alteracão da lei portuguesa de forma a permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Aparte da atitude anacrónica tradicionalista advocada pela ainda omnipresente moral católica cristã que impera na República Portuguesa em inícios do século XXI, não vejo quaisqueres impedimentos lógicos. O casamento homossexual não fere ou ofende ninguém, com a possível excepcão do orgulho e dos preconceitos fossilizados de alguns. Apetece-me citar aquela que é talvez a melhor definicão de lei moral que alguma vez encontrei: "Du skal ikke plage andre, du skal være grei og snill, og forøvrig kan du gjøre hva du vil" [ ="Não incomodes os outros, sê respeitador e amigável, e, aparte disso, podes fazer o que quiseres."] (retirado de um popular livro infantil norueguês "Folk og røvere : Kardemomme by" (1955) de Thorbjørn Egner).

Portem-se bem e até para a semana!
:-)
Viking.

8 comentários:

RC disse...

Também acho um bom filme, mas não o considero uma obra prima, e muito menos um futuro filme de culto! A história é comovente e bonita, mas não fosse o facto de ser vivida por pessoas do mesmo sexo, não passaria de uma banal história de amor! Adorei o cenário do filme. O que não gostei foi a monotonia de algumas partes.

Quanto à questão dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo em Portugal, a moralidade conservadora não advirá apenas dos valores católicos! Países bem mais liberais que Portugal só na última década é que autorizaram os casamentos entre pessoas do mesmo sexo! Espanha, onde os valores católicos são iguais ou ainda mais conservadores que em Portugal só este ano o permitiu, tendo o mesmo acontecido em Inglaterra, um país com costumes bem mais liberais que o Sul da Europa! Não façamos disto um cavalo de batalha. Acho piada que hoje em dia enquanto as pessoas de sexos diferentes já pensam é em não casar, as do mesmo sexo, fazem tudo pelo direito ao casamento! Para mim, não passa de um papel com uma assinatura. Mas pronto, no fundo até os compreendo, devido à ostracisação que sempre foram alvo...

Cumprimentos,

RC

viking disse...

Olá!

"Acho piada que hoje em dia enquanto as pessoas de sexos diferentes já pensam é em não casar, as do mesmo sexo, fazem tudo pelo direito ao casamento!" - ahahah, tenho de concordar que é verdade! Acho que se perdeu um bocado a nocão do que é que o casamento realmente simboliza hoje em dia. Quando a sociedade era mais marcada pela religião, o significado era claro e simples. Mas hoje em dia esse significado tornou-se mais difuso e não se percebe muito bem para que é que serve uma pessoa casar-se (aparte das vantagens legais). Parece-me que continua a ser, e se calhar mais do que tudo o resto, o superar duma barreira psicológica pessoal. De certa forma, é uma afirmacão da pessoa para si própria, para o parceiro(a) e para o mundo de que esta é a pessoa com quem eu quero ficar o resto da vida. Ou pelo menos é o que se pensa nessa altura.

Não acredito que "Brokeback Mountain" ganhe o Óscar de melhor filme deste ano, mas acho que valeu a pena o filme ser alvo de tanta atencão por motivos ideológicos.

Portem-se
;-)
Paulo.

Anónimo disse...

Nao vi o filme exactamente pela mediatizacao que teve mas vejo q fiz bem em poupar uns dolares.
Quanto ao casamento de pessoas do mesmo sexo acho que a lei portuguesa deveria mudar. Se ha coisa em que os portugueses sao peritos eh em resistir as mudancas.Eh claro que se permitirem o casamento entre pessoas do mesmo sexo muitos irao advogar contra, mas com o tempo ninguem se volta a lembrar e passara a fazer parte da realidade do dia-a-dia. Mas o casamento entre pessoas do mesmo sexo levanta outras questoes e uma delas eh claramente a da adopcao. Pelo que conheco pela maneira de pensar dos homossexuais que conheco, nao tenho problemas em que eles adoptem porque a maioria deles aredita que ou se eh ou nao se eh, nao eh uma coisa que se ensine ou aprenda. Acredito ate que uma crianca criada por um casal homossexual seja mais tolerante que as outras. O problema eh que a sociedade nao esta preparada para lidar com uma crianca criada por dois homens e duas mulheres e como tal tenho d dizer que concordo com a adopcao, mas acando que a sociedade nao esta preparada, tenho d ser contra para proteger as criancas!
Abraco
Virgilio

Anónimo disse...

Porra… será que sou gay?

Assisto em média 2 filmes por dia [continuamente há 8 anos] e há inúmeros filmes que abordam a temática da homossexualidade. Numa análise superficial ao Cinema Contemporâneo a temática em questão submerge em vários argumentos e, por vezes, torna-se repetitiva e impertinente… Arrisco-me a dizer que uns 30% abordam directa ou indirectamente a temática homo [entre melodrama, comédia, suspense e terror...] e tendo em conta vários tipos de público: o público adolescente [em muitos filmes o amigo da namorada do amigo é gay]; o público intelectual [tem de haver sempre um gay… porque é….. intelectual ser gay…]; o público dos blockbusters [aqui o tema aparece sempre em tom de comédia]; as séries de Tv quase todas… entre outros. Sinceramente já estou farto de divisar a componente homo nos filmes… como se a categoria de being gay fosse a principal a ser retratada na condição humana.

Condição humana? Sim. A representação da condição humana é e sempre será o leit motiv de todos os filmes que tendem a retratar a realidade da vida. Atenção: não se trata de filmes detentores de uma asserção pós-iluminista de mostrar as coisas tal como realmente se passam na vida real ou em que se realiza uma mera reconstrução audiovisual da mesma, mas sim filmes que se insurgem normalmente numa narrativa melodramática de natureza ficcional e a ficção é qualquer acto que, conscientemente, inventa uma realidade que serve para acrescentar uma significação ao que precisamante chamamos de real. André Bazin, inclusive, tem um pensamento sociológico/ontológico em relação ao cinema e que se apoia na singularidade do cinema ter a capacidade de reproduzir o real e está relacionado com o facto da nossa deslocação para o Cinema ser feita de uma forma muito inoscere. Essa vocação ontológica do cinema, na visão do autor, é a sua representação do real. E a singularidade do Cinema está na sua capacidade de reproduzir a realidade. Certo…

Ora, a temática da homossexualidade torna-se cada vez mais frequente nos registos cinematográficos, televisivos e jornalísticos, num claro sintoma de mostrar que esse será o caminho certo para mostrar algo que está presente no real, no nosso real, mas que não é aceite. Então surgem filmes que falam do tema homo de uma forma mesquinha, pobre e sem nexo. Sistematicamente. Sem grandes resultados práticos. Os únicos filmes gay que gostei em toda a minha vida foi o Querelle [1982] do Fassbinder, o Happy Together [1997] do Wong Kar Way e agora o Brokeback Mountain [2005] do Ang Lee.

Foi com algumas reticências… sim… que fui ver o filme… e apanhei uma grande surpresa… O filme diferencia-se exactamente não só pelo que Viking says: “introduz o tema da homossexualidade numa das arenas tradicionalmente mais machistas da sociedade americana e um Western é tradicionalmente um palco de virilidade e de celebracão das virtudes masculinas”, mas essencialmente por abordar a homossexualidade por um prisma nunca antes abordado… ou seja… fora de toda a componente sexual-mesquinha que normalmente está embuida nestes filmes… [temos o exemplo de um realizador português “fucking gay director frustrado do caralho” que já fez uma curta Parabéns e duas longas: Fantasma e Odete que são filmes de merda sem qualquer conteúdo, substância e história… apenas realçando a frustração do realizador em lidar com o seu problema -beig gay- e assim faz filmes porno-gay intelectuais]. Mas em Brokeback Mountain o que o diferencia de todos os outros filmes gay… é deixar de fora a componente sexual e por se tratar da história de um amor impossível… o amor é impossivel exactamente por se tratarem de duas pessoas do mesmo sexo que tem de se deparar com as convenções socias da época [que ainda hoje persistem] e o facto do filme relatar 20 anos de uma relação em que a frase "If you can´t fix it, you gotta stand it” [boa perspicácia Saltitão!] define toda a conformação e resignação da própria relação.

O material exposto tem um forte teor dramático que proporciona ao espectador, não uma espécie de perplexidade paralisante que leva as pessoas a se identificarem com os personagens numa clara alusão ao drama aristotélico [normalmente inevitável em filmes melodramáticos], mas sim um excitante psicanalítico a servir de transgressor consciente em relação às convenções sociais da época e actuais: por que é que duas pessoas do mesmo sexo não se podem apaixonar???

As referências a Freud são inúmeras mas a directriz principal seguida pelo filme é essa dualidade do ser humano, entre as forças do inconsciente e a razão. A própria descrição dos personagens reforça essa afiguração dual. O personagem de Ennis del mar é a representação do consciente, do lado racional do ser humano. Repressor, ele é a voz da moral. Inclusivé é ele o personagem principal. Enquanto que Jack Twist é o subconsciente, a voz do instinto e das pulsões, dotado de dinamismo próprio, solto e com tendências e desejos fundamentalmente de carácter afectivo-sexual. Jack Twist representa uma válvula de escape para Ennis del mar. Eles complementam-se. O relacionamento entre eles vai se estreitando e, sem dúvida deparamo-nos com uma relação estritamente masculina e homoerotica essencialmente pela ausência da figura feminina enquanto estão na montanha… o local de encontros.

Acho o comentário do RC árido quando fala que “A história é comovente e bonita, mas não fosse o facto de ser vivida por pessoas do mesmo sexo, não passaria de uma banal história de amor”… a paráfrase está na mesma ordem de sentido das seguintes: “A fotografia a preto e branco da Lista de Schindler é bonita, mas se fosse a cores perderia o sentido”… “A Sharon Stone é uma brasa no Instinto Fatal, mas se o filme fosse com o António Banderas travestido… seria uma merda” tipo…atenção... o filme tem o sentido que tem exactamente por abordar a história de um amor impossível entre duas pessoas do mesmo sexo… é isso que vai acentuar o drama e definir toda a unidade temática do filme… e não se se se se se se se se se se … fosse outra coisa… digo que o comentário é àrido só no sentido de se ter cuidado com aquilo que dizemos… porque ele até gostou do filme. Ele disse. Mas o inciting incident é exactamente a decisão do Ennis de mar em se relacionar ou não com outro homem… esse é o problema do filme… se fossem duas pessoas do mesmo sexo não haveria esse problema e o filme seria outro e a historia seria outra… A história nunca poderia ser contada com duas pessoas de sexo oposto!!!!! Se fosse homem e mulher… porque não poderiam relacionar-se? Lá está… podemos supor que o problema aí seria a classe social ou a idade… mas o drama seria outro e enfim... outra história ok?

Mas um comentário mais árido ainda [desculpem] é quando o Virgílio fala que “Não vi o filme exactamente pela mediatização que teve mas vejo q fiz bem em poupar uns dólares”… porra… da-se… o que é que é isto meus amigos?? Não se vai ver um filme pela mediatização????? Tipo… o quê?? Este tipo de atitude reflecte exactamente amigos meus que há uns 7 anos no início do Conservatório de Cinema diziam exactamente a mesma coisa e para mim é lamentável…. Ora, uns não vão ver filmes B ou independentes porque as salas não têm pipocas ou não têm actores conhecidos ou a narrativa é não-linear e assim fica confuso o o jornal não fala deles…. E outros não vão ver o filme porque é demasiado comercial ou mediático?? Porra… lixem-se todos… ninguém sabe pensar por si mesmo????

Vão ver um filme [quer seja comercial ou independente] e depois julguem… não a juízos pressupostos…. Desde há 8 anos que vejo todo o tipo de filmes e se todos fossem ver os filmes sem pensarem nisso… vêem um filme como o Amelie Poulain [que se supunha ser independente] atingir um enorme sucesso de público… ou um Fight Club [que todas as pessoas pensariam ser um filme comercial] tornar-se um filme de culto… e não falem mal do filme [eh eh] que é sobre ele que estou a concluir a minha dissertação de mestrado em Cinema aqui no Rio de Janeiro, numa perspectiva de análise espectatorial tendo em conta teorias de distanciamento brechtianas...

Também vou discordar com Viking quando fala que o filme não ganhará o OSCAR este ano….O filme não é um dos filmes da minha vida, mas é um bom filme… Ganhará sim (é uma previsão… não sou bruxo] exactamente pela mediatização referida pelo Virgílio… mas o facto do filme embater nas convenções sociais estabelecidas nos EUA poderá ter outro destino... não sei. No entanto, lembro que American Beauty foi pior porque pôs a nu a sociedade americana e ganhou os Oscars em 2000… Apesar do excelente desempenho do Heath Ledger, o oscar para melhor actor irá para Philip Seymour Hoffman em Capote.

A discussão sobre o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo… sinceramente… creio que não é susceptível de debate ou altercação como consequência directa da análise do filme, apenas serviu de parecer conclusivo do post do Viking e com repercussões nos comentários. Sendo o comentário relativo ao post em questão… ou seja, sobre o filme em si, não comento este ponto…

Virgílio,não te coneço, mas vai ver o filme… é um bom filme…

Fui ver duas vezes… porra, será que sou gay?

Vasco Lopes
Rio de Janeiro

RC disse...

Bemmmm, um dia destes teremos que inaugurar uma rubrica, talvez denominada: "Os comentários, que são textos, do Vasco";)

Bem, não vou discutir aspectos técnicos, pois, está visto, que o especialista não sou eu. Mas como fui chamado à baila vou opinar mais um pouco.

O facto de gostar do filme não implica que o ache o grande filme, penso eu de que! Concordo que a personagem do Ennis del MAr seja complexa e que o actor fez um excelente papel, mas e o resto!? Falta algo ao filme. E como te digo, é apenas a minha opinião. E as opiniões valem o que valem e acima de tudo são pessoais.

Dos filmes nomeados que já vi, Crash continua a ser a minha preferência. Quero ver o Capote, mas ainda não estreou cá, o Brasileiro (ue não me lembro do nome) e este fim de semana devo ir ver o MAtchPoint (filme sobre o qual já li o melhor e o pior).

Espero que o cinema por aí não seja ao mesmo preço que aqui, que gastar 4 contos por dia em cinema só para ricos!!!

Abraço,

RC-Suécia

RC disse...

Ah,Fight Club, filme comercial!!!! Nunca tal tinha ouvido! Será por lá estar o Brad Pitt e o magriço que não me lembro do nome!!! Conheço muita gente que não gosta do filme, mas para quem gosta por norma tornou-se um filme de culto: tenho DVD à minha frente e não sou muito de coleccionar filmes!!!

Anónimo disse...

Meus amigos so tenhoa dizer q o Gladiador foi um dos filmes que achei mais vulgar e fiquei muito admirado que tivesse ganho tantos Oscares. Ja que se fala em homosexxualidade, e entao o "imagine me and you". Sera que a diferenca eh que trata de homossexualidade feminina com duas mocoilas bem jeitosas e por isso o nosso mundo de homens nao se importa?????
Eh claro que o Fight Club eh um dos meus filmes de eleicao mas nao chega aind aos calcanhares do meu favorito: Dead Poet Society!
Virgilio

Anónimo disse...

1- Epá... RC... se nunca tinhas ouvido... eu returco: Fight Club foi tido inicialmente como um filme comercial simmmmmmmmmmmmmmmm!!!!!! Não necessariamente na sua feitura (ou também), mas sim na sua distribuição (e é aqui que os filmes são definidos como comerciais ou independentes ok?)...não sou eu ou tu que os rotulamos ou catalogamos... Em 31 Dezembro de 1999 estreou nas principais salas de Cinema mundiais para filmes comerciais ... distribuido pela 20th Century Fox (queres distribuidora mais comercial?porra...)para um determinado público (os homens iam ver um filme de luta e decepcionaram-se... as mulheres queriam ver o Brad Pitt e não perceberam a história) daí tenha sido um flop... com muito pouco público tendo em conta as espectativas iniciais.... mas depois a crítica dos media e as discussões académicas elevaram o filme a um filme de culto (e não falta ao filme pontos para serem discutidos)...Eu próprio posso te espetar com 200 páginas... eh eh... depois de ver o filme 9 vezes em 4 dias em 99/00... o filme é filme de culto, mas foi tido inicialmente como filme comercial simmmmmmm....
ahhh... o actor magrinho é Edward Norton (um dos meus actores favoritos... não só pelo Fight Club)

2- Em relação ao Brokeback Mountain claro que cada um tem a sua opinião... eu também falei que o filme não é o filme da minha vida... mas é um bom filme... porque me surpreendeu... e discordei contigo pelo facto de dizeres que se o filme fosse com 2 pessoas de sexo defirente seria um filme fraco... (lê de novo o que escrevi sobre isso)

3- Não gostei muito de Capote (acho que devo ser o único) porque me prendi muito na interpretação do actor... Philip Hoffman... que vai ganhar de certeza o Oscar pela sua performance...mas o filme está muito bem filmado e planificado... só que não me disse muito....

O Match Point é um bom filme. O argumento parece um argumento de escola de Cinema (muito básico e primário)... mas os argumentos do Woddy Allen são sempre assim... mas este filme está filmado de forma diferente... e vale a pena pela Scarlett Johansson...huummm

Os filmes aqui custam 4 dólares (conversão directa) para estudantes e 8 dólares para o resto... é caro...

Abraço
Vasco Lopes, Rio de janeiro