quarta-feira, janeiro 31, 2007

Ecologia: uma ideia luminosa!



Muitos do pessoal que critica as minhas ideias ecologistas apontam principalmente para o facto de que as mudancas teriam de ser radicais e que, a custo disso, necessariamente impráticas.

Ontem foi anunciado que no estado de Califórnia nos EUA há um político, Loyd Levine, que sugeriu a proibicão da venda e uso das lâmpadas de tungstênio clássicas. Este tipo de lâmpadas foi inventado à 125 anos atrás e apenas 5 % da energia que consome é transformada em luz, sendo o resto perdido sob a forma de calor. Segundo Levine, existem agora alternativas relativamente baratas ao uso deste tipo de iluminacão. Uma lâmpada de halogénio compacta moderna utiliza apenas 25 % da energia utilizada por uma lâmpada clássica para produzir a mesma intensidade de luz. Com a proibicão, forca-se o consumidor ao uso das alternativas mais eficientes. A intencão expressa por Levine é o de atingir a meta de 20 % de reducão de libertacão de CO2 no estado da Califórnia até ao ano 2020, como foi proposto no senado estatal.

Já imagino os críticos afirmarem que isto não é nada, que provavelmente corresponde a uma reducão de apenas 1 ou 2 % no consumo energético, que se devia cortar na indústria, que é anti-democrático, etc, etc, etc. Quanto ao argumento de que é anti-democrático, talvez o exemplo da legislacão que obriga o uso do cinto de seguranca na estrada e ao uso de capacete nos motociclos esteja ao mesmo nível, ou pior, de "anti-democracia" como esta medida, quando se toma em consideracão o bem comum. Não vejo de que forma esta medida pode diminuir a qualidade de vida, muito pelo contrário. Quanto aos efeitos mínimos (os tais 1 ou 2%), ao menos é um princípio, e grão a grão enche a galinha o papo, já dizia o ditado popular...

Fonte: Vergens Gang (VG) (Noruega)

1 comentário:

RC disse...

Não acho radical esta medida, já que há alternativas que em nada colocam em causa as liberdades e direitos adquiridos dos cidadãos! Para além do mais, há muito que aderi a estas lâmpadas. Só não as compro quando não encontro as que quero (infelizmente, o leque de opções ainda não é tão abrangente como o das lâmpadas tradicionais). Por isso, proibam-se, totalmente a favor.

Um abraço de um ecologista moderado ;)